Lista de Exercícios - Variantes Linguísticas
QUESTÃO
1
Tendo em vista que “as gírias” compõem
o quadro de variantes linguísticas ligadas ao aspecto sociocultural, analise os
excertos a seguir, indicando o significado de cada termo destacado de acordo
com o contexto:
a – Possivelmente não iremos à festa.
Lá, todos os convidados são patricinhas e mauricinhos!
b - Nossa! Como meu pai é careta! Não permitiu que eu assistisse àquele filme.
c – Os namoros resultantes da modernidade baseiam-se somente no ficar.
d – E aí mano? Estás a fim de encontrar com uma mina hoje? A parada vai bombar!
e – Aquela aula de matemática foi péssima, não saquei nada daquilo que o professor falou.
b - Nossa! Como meu pai é careta! Não permitiu que eu assistisse àquele filme.
c – Os namoros resultantes da modernidade baseiam-se somente no ficar.
d – E aí mano? Estás a fim de encontrar com uma mina hoje? A parada vai bombar!
e – Aquela aula de matemática foi péssima, não saquei nada daquilo que o professor falou.
QUESTÃO
2
(FUVEST)
Capitulação
Delivery
Até para telepizza
É um exagero.
Há quem negue?
Um povo com vergonha
Da própria língua.
Já está entregue.
Luís Fernando Veríssimo
Até para telepizza
É um exagero.
Há quem negue?
Um povo com vergonha
Da própria língua.
Já está entregue.
Luís Fernando Veríssimo
a) O título dado pelo autor está
adequado, tendo em vista o conteúdo do poema? Justifique sua
resposta.
b) O exagero que o autor vê no emprego
da palavra “delivery” se aplicaria também à “telepizza”? Justifique sua
resposta.
QUESTÃO
3
A seguir são apresentados alguns
fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo a
variação linguística condizente aos mesmos:
a – Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se
mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo
do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
b - Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
c –“ Aqui no Norte do Paraná, as
pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a corredeira está
forte é perigoso passar pela pinguela, que é uma ponte muito estreita feita,
geralmente, com um tronco de árvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar
submersa e, portanto, impossibilita a passagem. Mas se ocorre uma manga de
chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de existir.”
d – E aí mano? Tá a fim de dá
uns rolé hoje?
Qual é! Vai topá a parada? Vê se desencana! Morô, velho?
Qual é! Vai topá a parada? Vê se desencana! Morô, velho?
QUESTÃO 4
Os enunciados linguísticos em evidência
encontram-se grafados na linguagem coloquial. Reescreva-os de acordo com o
padrão culto da linguagem.
a – Os livros estão sobre a mesa. Por
favor, devolve eles na biblioteca.
b – Falar no celular é uma falha grave.
A consequência deste ato pode ser cara.
c – Me diga se você gostou da surpresa,
pois levei muito para preparar ela.
d – No aviso havia o seguinte
comentário: Não aproxime-se do alambrado. Perigo constante.
e – Durante a reunião houveram
reclamações contra o atraso do pagamento dos funcionários.
QUESTÃO
5
A letra musical abaixo se compõe de
alguns registros de variação linguística. Identifique-os tecendo um comentário
acerca do referido assunto, levando em consideração os preceitos trazidos pela
linguística, em se tratando de tais variedades.
Cuitelinho
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai
Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentáia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia, ai, ai [...]
Folclore recolhido por
Paulo Vanzolini e Antônio Xandó
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai
Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentáia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia, ai, ai [...]
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