O que é o amor romântico
Esse
ideal amoroso começou no século XII, mas só passou a ser uma
possibilidade no casamento a partir do século XIX. Antes, os casamentos
se davam por interesses financeiros. Como fenômeno de massa começou a
partir de 1940, quando todos passaram a desejar casar por amor. É um
tipo de amor que só existe no Ocidente.
Mas o amor romântico é uma mentira. Mente sobre as mulheres, sobre os homens e sobre o próprio amor. É uma mentira contada há tantos séculos que as pessoas querem vivê-la de qualquer jeito. Mas, na realidade, amam é o fato de estar amando, se apaixonam pela paixão. Sem perceber, idealizam o outro e projetam nele tudo o que desejam. No fim das contas, a relação não é com a pessoa real, que está do lado, e sim com a que se inventa de acordo com as próprias necessidades.
Por isso mesmo esse tipo de amor não resiste à convivência diária do casamento. Nela, a excessiva intimidade torna obrigatório enxergar o parceiro como é realmente e a idealização não tem mais como se sustentar. O desencanto é inevitável trazendo além do tédio, sofrimento e a sensação de ter sido enganado.
O amor romântico nos é imposto, desde muito cedo, como única forma de amor. Apresenta atitudes e ideais próprios. Contém a ideia de que duas pessoas se transformam numa só, havendo complementação total e nada lhes faltando. Entre outras regras, prega: que o verdadeiro amor é para sempre, que não é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, que quem ama não sente desejo sexual por mais ninguém, que o amado é a única fonte de interesse do outro, que um terá todas as suas necessidades atendidas pelo outro, etc...
Não é à-toa que, tanto nos contos de fadas como nas novelas, o herói e a heroína só podem ficar juntos no último capítulo (exaustos depois de superar tantos obstáculos), que termina com “E foram felizes para sempre”. São cristalizados para sempre naquele estado apaixonado porque é a única maneira de se garantir que assim ficarão para sempre.
É claro que é possível viver um tipo de amor bem diferente, sem projeções e idealizações, longe da camuflagem do mito do amor romântico. Para isso precisamos, primeiro, ter coragem de abrir mão das nossas antigas expectativas amorosas e depois então, torcer para que mais pessoas façam o mesmo. Descobrindo outras formas de amar podemos experimentar sensações até agora desconhecidas, mas nem por isso menos excitantes.
Artigo de Regina Navarro Lins, baseado em texto do livro A Cama na Varanda
Mas o amor romântico é uma mentira. Mente sobre as mulheres, sobre os homens e sobre o próprio amor. É uma mentira contada há tantos séculos que as pessoas querem vivê-la de qualquer jeito. Mas, na realidade, amam é o fato de estar amando, se apaixonam pela paixão. Sem perceber, idealizam o outro e projetam nele tudo o que desejam. No fim das contas, a relação não é com a pessoa real, que está do lado, e sim com a que se inventa de acordo com as próprias necessidades.
Por isso mesmo esse tipo de amor não resiste à convivência diária do casamento. Nela, a excessiva intimidade torna obrigatório enxergar o parceiro como é realmente e a idealização não tem mais como se sustentar. O desencanto é inevitável trazendo além do tédio, sofrimento e a sensação de ter sido enganado.
O amor romântico nos é imposto, desde muito cedo, como única forma de amor. Apresenta atitudes e ideais próprios. Contém a ideia de que duas pessoas se transformam numa só, havendo complementação total e nada lhes faltando. Entre outras regras, prega: que o verdadeiro amor é para sempre, que não é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo, que quem ama não sente desejo sexual por mais ninguém, que o amado é a única fonte de interesse do outro, que um terá todas as suas necessidades atendidas pelo outro, etc...
Não é à-toa que, tanto nos contos de fadas como nas novelas, o herói e a heroína só podem ficar juntos no último capítulo (exaustos depois de superar tantos obstáculos), que termina com “E foram felizes para sempre”. São cristalizados para sempre naquele estado apaixonado porque é a única maneira de se garantir que assim ficarão para sempre.
É claro que é possível viver um tipo de amor bem diferente, sem projeções e idealizações, longe da camuflagem do mito do amor romântico. Para isso precisamos, primeiro, ter coragem de abrir mão das nossas antigas expectativas amorosas e depois então, torcer para que mais pessoas façam o mesmo. Descobrindo outras formas de amar podemos experimentar sensações até agora desconhecidas, mas nem por isso menos excitantes.
Artigo de Regina Navarro Lins, baseado em texto do livro A Cama na Varanda
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