Questões de 1 a 40
1. (USP) O índio,
em alguns romances de José de Alencar, como Iracema
e Ubirajara, é:
a.
retratado com objetividade, numa perspectiva
rigorosa e científica.
b.
idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da
qual é o herói épico.
c.
pretexto episódico para descrição da natureza.
d.
visto com o desprezo do branco preconceituoso,
que o considera inferior.
e.
representado como um primitivo feroz e de maus
instintos.
(PUC)
Os exercícios 2 a 7 referem-se aos dois capítulos
transcritos.
"Capítulo CXXIV
VÁ DE INTERMÉDIO
Que há entre a vida e a morte? Uma curta ponte. Não obstante,
se eu não compusesse este capítulo, padeceria o leitor um forte abalo, assaz
danoso ao efeito do livro. Saltar de um retrato a um epitáfio, pode ser real e
comum; o leitor, entretanto, não se refugia no livro, senão para escapar à
vida. Não digo que este pensamento seja meu; digo que há dose de verdade, e
que, ao menos, a forma é pitoresca. E, repito: não é meu."
"Capítulo CXXV
EPITÁFIO
AQUI JAZ
D. EULÁLIA DAMACENA DE BRITO
MORTA
AOS DEZENOVE ANOS DE IDADE
ORAI POR ELA!"
2. (PUC-SP)
Identifique e relacione obra e autor dos dois capítulos do texto:
1. Memórias
Sentimentais de João Miramar.
2. Memórias Póstumas de
Brás Cubas.
3. Triste Fim de
Policarpo Quaresma.
A. Lima Barreto
B. Oswald de Andrade
C. Machado de Assis.
a.
3 e A.
b.
1 e B.
c.
2 e C.
d.
1 e C.
e.
2 e B.
3. (PUC-SP) O
capítulo CXXV é, do ponto de vista de sua feitura:
a) um capítulo perfeitamente romântico, por tratar do tema
"morte".
b) um capítulo bastante adequado ao gênero romance, onde deve
sempre haver uma nova unidade de trama.
c) um tanto inusitado neste romance que se enquadra
perfeitamente na norma estabelecida.
d) perfeitamente cabível neste romance, pelo seu tom trágico.
e) um momento de rompimento do padrão romanesco, pelo seu
aspecto anti-narrativo.
4. (PUC-SP) No
romance como um todo, as repetidas interrupções para considerações como essas
que são feitas no Cap. CXXIV referindo-se ao narrar, ao leitor, ao narrador,
revelam:
a. um
imperfeito domínio da técnica narrativa.
b. uma
técnica que sempre fez parte das normas de composição do romance,
independentemente da época.
c. uma
"inauguração", na literatura brasileira, do moderno romance,
contrariando inclusive as principais normas narrativas;
d. uma
técnica muito usada pelos escritores da época romântica, relegada depois a
segundo plano.
e. uma
técnica já superada, mesmo na época romântica.
5. (PUC-SP) Na
frase "(...) se eu não
compusesse este capítulo, padeceria o
leitor um forte abalo, assaz danoso ao efeito do livro", os elementos sublinhados denotam referência a,
respectivamente:
a.
canal, emissor, receptor
b.
emissor, contato, canal
c.
código, receptor, mensagem
d.
código, receptor, canal
e.
emissor, receptor, mensagem.
6. (PUC-SP)
"O leitor, entretanto, não se refugia no livro senão para escapar à
vida." Nesta frase cria-se uma constelação de alusões diretas, ou
indiretas, em vários níveis. Qual delas você considera a menos viável neste
romance?
a. referência-antecipação
à morte do próprio narrador no final do livro.
b. referência
ao morto-narrador.
c. referência
à morte de Eulália.
d. referência
ao caráter de ficção do romance.
e. referência
à morte como presença constante no livro.
7. (PUC-SP) O
capítulo CXXV deve ser visto:
a.
muito mais como um ícone do que como discurso
linear.
b.
em primeiro lugar como um fato surpreendente,
totalmente inesperado.
c.
somente como uma manifestação de pesar do
narrador.
d.
de acordo com a leitura convencional de um
romance, sem grandes surpresas ou novidades.
e.
como a uma frase, mas numa sintaxe estranha.
(OSEC) Os trechos
I, II e III referem-se às questões 8 a 10.
I - "Passaram-se
semanas, Jerônimo agora, todas as manhãs tomava uma xícara de café bem grosso,
à moda da Ritinha e tragava dois dedos de parati "pra cortar a friagem".
Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a
dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num
trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava lentamente:
fazia-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil
patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam;
esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambição, para idealizar felicidades
novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais
amigo de gastar que de guardar, adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e
volvia-se preguiçoso, resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor,
muralha de fogo com que o espírito eternamente revoltado do último tambor
entrincheirou a pátria contra os conquistadores aventureiros."
II -"O que estou é
velho. Cinqüenta anos pelo São Pedro. Cinqüenta anos perdidos, cinqüenta anos
gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que
endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem
ferir cá dentro a sensibilidade embotada.
Cinqüenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se uma pessoa
a vida inteira sem saber para quê! Comer e dormir como um porco! Como um porco!
Levantar-se cedo todas as manhãs e sair correndo, procurando comida! E depois
guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que
estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar tudo?
Sol, chuva, noites de insônia, cálculos, combinações,
violências, perigos e nem sequer me resta a ilusão de ter realizado obra
proveitosa."
III- "Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota,
a quem respeitavam todos pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer
erisipelas e cortar febres por meio de rezas e feitiçarias. Era extremamente
feia, grossa, triste com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando
ponta, como dentes de cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da
idade. Chamavam-lhe "Bruxa".
8. (OSEC) Pelo
tratamento dado às personagens pode-se dizer que:
a.
texto I é romântico, o II é moderno e o III é
naturalista.
b.
Os textos I e III são naturalistas e o II é
moderno.
c.
Os textos I e II são modernos e o III é
naturalista.
d.
Os textos I e II são modernos e o III é
romântico.
e.
Os textos I e III são modernos e o II é
romântico.
9. (OSEC)
Percebe-se a personagem em conflito com os valores do seu mundo:
a.
somente no trecho I.
b.
nos trechos I e II.
c.
somente no trecho II.
d.
nos trechos I e III.
e.
nos trechos II e III.
10. (OSEC) O texto
II pertence a:
a. Graciliano
Ramos.
b. José
Lins do Rego.
c. José
de Alencar.
d. Aluísio
Azevedo.
e. Jorge
Amado.
11. (SANTA CASA)
No conto "Um Homem Célebre", ocorre o falecimento da esposa do
Pestana, personagem central, compositor que não logra concluir um réquiem para
a missa da mulher. "Contentou-se da missa rezada e simples, para ele só.
Não se pode dizer se todas as lágrimas que lhe vieram sorrateiramente aos olhos
foram do marido, ou se algumas eram do compositor."
Conforme o excerto lembra, na obra de Machado de Assis é
comum que o narrador:
a.
ponha em dúvida o significado aparente da
realidade, muitas vezes enganoso.
b.
interfira emocionalmente no texto, tornando-o
dramático, sentimentalista e ultra-romântico.
c.
busque revelar a profunda hipocrisia e bondade
que, a um tempo, caracterizam o comportamento dos seres humanos.
d.
busque revelar o aspecto mais piedoso do caráter
das personagens construindo uma narrativa eminentemente moralista.
e.
construa um texto fortemente espiritualizado, em
que importa pouco o significado material das ações.
12. (SANTA CASA)
"O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. "Homo sum",
como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente, e, o que é mais, sonha de noite
as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias –
isto é, antes e depois de ser um ente idealista, é um ente que tem corpo. E,
digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer
muito prosaicos, não há poesia".
Com essas palavras, o poeta romântico Álvares de Azevedo
valoriza o lado material do ser humano, deixando perceber concepções estéticas
que poderiam ser consideradas precursoras da corrente literária:
a.
clássica
b.
barroca
c.
arcádica
d.
naturalista
e.
simbolista
13. (SANTA CASA)
"A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a
"Machona", portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos,
anca de animal do campo".
O texto permite afirmar que:
a.
naturalismo e o realismo, a fim de evidenciarem
as mazelas do tempo, deram ênfase à análise do comportamento psicológico.
b.
a prosa romântica pautou-se por uma visão
mecanicista do homem e das relações humanas.
c.
realismo caracterizou a realidade por meio da
metáfora elegante, da ironia, de um cinismo penetrante e refinado.
d.
romantismo, incorporando elementos populares e
prosaicos, idealizou a força física e a pujança moral do povo.
e.
a estética naturalista realça certos pormenores
do quadro, modificando o equilíbrio entre as partes que o compõem.
14. (UEL) Assinale
a alternativa que completa adequadamente a asserção:
O Romantismo, graças à ideologia dominante e a um complexo
conteúdo artístico, social e político, caracteriza-se como uma época propícia
ao aparecimento de naturezas humanas marcadas por
a.
teocentrismo, hipersensibilidade, alegria,
otimismo e crença.
b.
etnocentrismo, insensibilidade, descontração,
otimismo e crença na sociedade.
c.
egocentrismo, hipersensibilidade, melancolia,
pessimismo, angústia e desespero.
d.
teocentrismo, insensibilidade, descontração,
angústia e desesperança.
e.
egocentrismo, hipersensibilidade, alegria,
descontração e crença no futuro.
15. (FUVEST)
I
Porque não merecia o que lograva,
Deixei, como ignorante, o bem que tinha,
Vim sem considerar aonde vinha,
Deixei sem atender o que deixava.
II
Se a flauta mal cadente
Entoa agora o verso harmonioso,
Sabei, me comunica este saudoso
Influxo a dor veemente;
Não o gênio suave,
Que ouviste já no acento agudo e grave.
III
Da delirante embriaguez de bardo
sonhos em que afoguei o ardor da vida,
Ardente orvalho de febris pranteios,
Que lucro à alma descrita?"
Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um
amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos
utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que
pertencem I, II e III são respectivamente:
a.
Barroco – Arcadismo – Romantismo.
b.
Barroco – Romantismo – Parnasianismo.
c.
Romantismo – Parnasianismo – Simbolismo.
d.
Romantismo – Simbolismo – Modernismo.
e.
Parnasianismo – Simbolismo – Modernismo.
16. (FUVEST)
"Neste despropositado e inclassificável livro (...), não é que se quebre,
mas enreda-se o fio das histórias e das observações por tal modo, que, bem o
vejo e sinto, só com muita paciência se pode deslindar e seguir em tão
embaraçada meada". Eis como o autor vê sua obra, dentro da qual faz
reflexões como esta: "o povo, o povo está são: os corruptos somos nós os
que cuidamos saber e ignoramos tudo." Trata-se da obra
a.
Portugal,
de Miguel Torga.
b.
Quincas
Borba, de Machado de Assis.
c.
Os maias,
de Eça de Queirós.
d.
Vidas
secas, de Graciliano Ramos.
e.
Viagens na
minha terra, de Almeida Garrett.
17. (FUVEST)
I - Autor que levava no palco a sociedade portuguesa da
primeira metade do século XVI, vivenciando, na expressão de Antônio José
Saraiva, o reflexo da crise.
II - Atuou na linha do teatro de costumes, associou o
burlesco e o cômico em dramas e comédias ao retratar flagrantes da vida
brasileira, do campo à cidade.
Os enunciados referem-se, respectivamente, aos teatrólogos:
a.
Camilo Castelo Branco e José de Alencar.
b.
Machado de Assis e Miguel Torga.
c.
Gil Vicente e Nelson Rodrigues.
d.
Gil Vicente e Martins Pena.
e.
Camilo Castelo Branco e Nelson Rodrigues
18. (PUCCAMP)
"Cantor das selvas, entre bravas matas
Áspero tronco da palmeira escolho,
Unido a ele soltarei meu canto,
Enquanto o vento nos palmares zune,
Rugindo os longos, encontrados leques."
Os versos acima, de Os
Timbiras, de Gonçalves Dias, apresentam características da primeira geração
romântica:
a.
apego ao equilíbrio na forma de expressão;
presença do nacionalismo, pela temática indianista e pela valorização da
natureza brasileira.
b.
resistência aos exageros sentimentais e à forma
de expressão subordinada às emoções; visão da poesia a serviço de causas
sociais, como a escravidão.
c.
expressão preocupada com o senso de medida;
"mal do século"; natureza como amiga e confidente.
d.
transbordamento na forma de expressão;
valorização do índio como típico homem nacional; apresentação da natureza como
refúgio dos males do coração.
e.
expressão a serviço da manifestação dos estados
de espírito mais exagerados; sentimento profundo de solidão.
19 (UFJR) Marque a
alternativa correta sobre a obra Amor de
perdição, de Camilo Castelo Branco:
a.
Trata-se de uma narrativa centrada na opressão
da liberdade individual, opressão esta promovida por uma sociedade provinciana
ligada a velhos preconceitos.
b.
Estabelece-se na narrativa o conflito entre o
indivíduo e o meio social, com a conseqüente vitória do indivíduo através da
realização de seus objetivos.
20 (E. A. LAVRAS)
"Vinha o passado e sentava-se num banco, tomando, a fresca ou tomando o
luar".
O passado, com sua melancolia, seu saudosismo, sua ternura,
seu romantismo, não está presente na
seguinte passagem do texto:
a.
"(...) esse laguinho e essa saudade da valsa
de Ouro Preto".
b.
"Ah, como pisavam de leve na areia, com
força em nossos corações!"
c.
"Na alameda elegante, moças desfilavam
perante os rapazes, às quintas e domingos".
d.
"(...) fontes bem luminosas na escuridão, e
bem musicais em meio à cacofonia geral".
e.
"Adeus, singelo espelho d'água da Praça,
adeus, coreto histórico sentimental dos seresteiros e das charangas
caprichadas".
21. (F.C.CHAGAS)
"O critério de apresentação da obra, colocando em primeiro lugar a parte
referente ao indígena, está de acordo com a busca do exotismo que era moda na
época.
"A moda que o juízo crítico acima transcrito menciona, a
propósito da obra A Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, do pintor
Jean-Baptiste Debret, era vigente no período ..... da literatura.
a.
barroco;
b.
arcádico
c.
romântico;
d.
realista;
e.
naturalista.
22. (USC) A
respeito do Romantismo no Brasil, pode-se afirmar que:
a.
sua ação nacionalista deu origem às condições
políticas que propiciaram a nossa Independência;
b.
coincidiu com o momento decisivo de definição da
nacionalidade e colaborou para essa definição;
c.
espelhou sempre as influências estrangeiras, em
nada aproveitando os costumes e a cor locais;
d.
foi decisivo para o amadurecimento dos
sentimentos nativistas que culminaram na Inconfidência Mineira;
e.
ganhou relevo apenas na poesia, talvez por falta
de talentos no cultivo da ficção.
23. (F.C.CHAGAS) O
movimento romântico, cujas origens estão na Alemanha e na Inglaterra, adquiriu
na literatura brasileira um reflexo extraordinário porque:
a.
nossas letras contavam, à época, com artistas do
talento de um Machado de Assis e de um Raul Pompéia;
b.
coincidiu com o momento decisivo de definição da
nossa nacionalidade e de valorização do nosso passado histórico;
c.
prosperavam, entre nós, os sentimentos
nativistas elevados ao mais alto plano estético, como demonstram os poemas
"O Uruguai" e "Caramuru";
d.
nosso complexo cultural de colonizadores
encontrava na prosa intimista sua expressão mais adequada e natural;
e.
nossos homens de letras e de ciências criaram
teorias em que se demonstrava a flagrante superioridade do pensamento anglo-germânico
sobre o de outros povos.
24. (FUVEST)
I - "Ah! enquanto
os destinos impiedosos
Não voltam contra nós a
face irada,
Façamos, sim façamos,
doce amada,
Os nossos breves dias
mais ditosos
II -"É a vaidade,
Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã
lisonjeada,
Púrpuras mil, com
ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta
presumida."
III- "E quando eu durmo, e o coração ainda
Procura na ilusão da lembrança,
Anjo da vida, passa nos meus sonhos
E meus lábios orvalha de esperança!"
Associe os trechos acima com os respectivos movimentos
literários, cujas características estão enunciadas abaixo.
Romantismo: evasão e devaneio na realização de um erotismo
difuso.
Arcadismo: aproveitamento do momento presente ("carpe
diem").
Barroco: efemeridade da beleza física, brevidade enganosa da
vida.
a.
romantismo; II- arcadismo; III- barroco;
b.
barroco; II- arcadismo; III- romantismo;
c.
arcadismo; II- romantismo; III- barroco;
d.
arcadismo; II- barroco; III- romantismo;
e.
barroco; II- arcadismo; III- romantismo.
25. (F.C.CHAGAS)
"Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá."
Nestes versos de Gonçalves Dias, escritos em Portugal, o
poeta vive um momento marcado por
a.
solidão, devaneio e idealização nacionalista.
b.
melancolia, tédio e ironia;
c.
amor a Portugal, devaneio e idealização
nacionalista;
d.
saudades, ânimo satírico e pessimismo;
e.
alívio, expectativa e otimismo.
26. (VUNESP)
Baseando-se na leitura do texto de Álvares de Azevedo, assinale a única
alternativa incorreta.
"Junto a meu leito, com as mãos unidas,
Olhos fitos no céu, cabelos soltos,
Pálida sombra de mulher formosa
Entre nuvens azuis pranteia orando.
É um retrato talvez. naquele seio
Porventura sonhei doiradas noites.
Talvez sonhando desatei sorrindo
Alguma vez nos ombros perfumados
Esses cabelos negros, e em delíquio
Nos lábios dela suspirei tremendo.
foi-se minha visão. E resta agora
Aquela vaga sombra na parede
– Fantasma de carvão e pó cerúleo,
Tão vaga, tão extinta e fumarenta
Como de um sonho o recordar incerto."
(AZEVEDO, Álvares de. VI Parte de "Idéias Íntimas".
In: CÂNDIDO, A. & CASTELLO, J. A. Presença da Literatura Brasileira,
vol.II, São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1968, p. 26).
Considerando os aspectos temáticos e formais do poema pode-se
vinculá-lo ao segundo momento do movimento romântico brasileiro, também
conhecido como "geração do spleen" ou "mal do século."
a.
A presença da mulher amada torna-se o ponto
central do poema. Isso é claramente manifestado pelas recordações do eu-lírico,
marcado por um passado vivido, que sempre volta em imagens e sonhos.
b.
texto reflete um articulado jogo entre o plano
do imaginário e o plano real. Um dos elementos, entre outros, que articula essa
contradição é a alternância dos tempos verbais presente/passado.
c.
Realidade e fantasia tornam-se a única realidade
no espaço da poesia lírica romântica, gênero privilegiado dentro desse
movimento.
d.
Apesar de utilizar decassílabo, esse poema
possui o andamento próximo ao da prosa. Esse aspecto formal é importante para
intensificar certo prosaísmo intimista da poesia romântica.
27. (PUC)
Considerado pela crítica brasileira o escritor mais bem dotado de sua geração,
Álvares de Azevedo, além das poesias, deixou-nos que obra de prosa narrativa?
a.
Conde Lopo;
b.
Macário;
c.
espumas Flutuantes;
d.
Noite na Taverna;
e.
Pedro Ivo.
28. (U.FORTALEZA)
"Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
– Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro."
Os versos acima exemplificam:
a.
a utilização de metáforas grandiosas para
expressar a indignação com as injustiças sociais que caracteriza a obra de
Castro Alves;
b.
a temática a procura da morte como solução para
os problemas da existência em que se encontra em Álvares de Azevedo;
c.
tratamento ao mesmo tempo irônico e lírico a que
Carlos Drummond de Andrade submete o cotidiano;
d.
a presença da natureza como cenário para o
encontro do pastor com sua amada, como ocorre em Tomás Antônio Gonzaga;
e.
a exploração de ecos, assonâncias, aliterações
em busca de uma sonoridade válida por si mesma, como se vê na obra de Cruz e
Sousa.
29. (F.C.CHAGAS) A
poesia confessional e fantasia de Álvares de Azevedo pertence a uma geração
romântica situada entre a de
a.
Gonçalves Dias e a de Cláudio Manuel da Costa
b.
Gonçalves de Magalhães e a de Gonçalves Dias;
c.
Castro Alves e a de Cruz e Sousa;
d.
Gonçalves Dias e a de Castro Alves;
e.
Cláudio Manuel da Costa e a de Tomás Antônio
Gonzaga.
30. (FEI) Numere a
coluna da esquerda, de acordo com a coluna da direita, tendo em vista a poesia
romântica brasileira:
1. primeira geração
2. segunda geração
3. terceira geração
( ) abolicionismo
( ) condoreirismo
( ) autocomiseração exacerbada
( ) obsessão pela morte
( ) indianismo
( ) nacionalismo
Agora, escolha a alternativa que apresenta a seqüência
correta dos numerais:
a.
2 - 3 - 2 - 1 - 2 - 1;
b.
1 - 3 - 2 - 1 - 2 - 3;
c.
3 - 2 - 2 - 1- 2 - 2;
d.
2 - 1 - 2 - 2 - 1 - 1;
e.
3 - 3 - 2 - 2 - 1 - 1;
31. (F.C.CHAGAS)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
Quando se fala em ..... na literatura romântica, os nomes
..... não podem ser esquecidos.
indianismo -
abolicionismo -
abolicionismo -
indianismo -
sertanismo -
32. (F.C.CHAGAS) A
palavra de Castro Alves seria, no contexto em que se inseriu, uma palavra
aberta à realidade da nação, indignando-se o poeta com o problema do escravo e
entusiasmando-se com o progresso e a técnica que já atingiam o meio rural. Esse
último aspecto permite afirmar que Castro Alves
a.
identifica-se aos poetas da segunda geração
romântica no que se refere à concepção da natureza como refúgio.
b.
afasta-se, nesse sentido, de outros poetas, como
Fagundes Varela, que o consideram o campo um antídoto para os males da cidade;
c.
trata a natureza da mesma forma que o poeta
árcade que o antecedeu;
d.
antecipa o comportamento do poeta parnasiano que
se entusiasma com a realidade exterior;
e.
idealiza a natureza da pátria, buscando
preservar a sua simplicidade e pureza, tal como Gonçalves Dias.
33. (AFA) O ideal
de liberdade, preconizado por Cecília Meirelles em "Romanceiro da
Inconfidência, repete, de certa forma, a temática da poesia social de:
a.
Castro Alves;
b.
Fagundes Varela;
c.
Casimiro de Abreu;
d.
Álvares de Azevedo.
"Agora, peço a você.
Ó caboclo brasileiro,
caboclo ainda cativo,
ler o 'Navio Negreiro'
para ficar informado
do passado cativeiro.
Era um navio maldito,
uma ave de rapina
voando a flor do oceano,
no bojo a gana a assassina
conduzia ouro humano:
a rapa negra era a mina.
Caboclo, não chore não,
não chora quando o poema
apertar-lhe o coração;
se não puderimpe ou gema
ou grite de indignação.
caboclo, este o dilema.
Depois leias as Vozes d'África
com a mesma indignação
contra os senhores de escravos,
ó caboclo do sertão,
o cativeiro de hoje
é o mesmo: cana e algodão."
34. (VUNESP) As
quatro estrofes acima constituem trecho de uma obra, publicada em 1952, em que
um poeta modernista, autor do longo poema "Invenção de Orfeu", conta
à maneira dos poetas populares das feiras nordestinas, a vida e as aventuras de
um poeta do romantismo brasileiro. Assinale nas alternativas abaixo aquela que
contenha respectivamente:
IX.
a temática versada pelas estrofes acima;
IX.
nome do poeta romântico;
IX.
título da primeira obra deste poeta romântico;
IX.
nome do poeta modernista autor desse texto à
moda de cordel.
I.
temática regionalista; II- Gonçalves Dias; III-
Primeiros Cantos; IV- Mário de Andrade.
II. temática
amorosa; II- Álvares de Azevedo; III- Lira dos Vinte Anos; IV- Ferreira Gullar.
III.
temática racial; II- Casimiro de Abreu; III-
Primaveras: IV- Carlos Drummond de Andrade.
IV.
temática urbana; II- Olavo Bilac; III- Tarde;
IV- Oswald de Andrade.
V. temática
de crítica social; II- Castro Alves; III- Espumas Flutuantes; IV- Jorge de
Lima.
35. (F.C.CHAGAS)
Embora contemporâneos e focalizando, muitas vezes, o mesmo ambiente social, os
romances desses dois escritores revelam a distância em que se encontram: um
pela capacidade de desmascarar e denunciar certos aspectos profundos
recalcados, da realidade social e individual, pode ser considerado um modesto
precursor de Machado de Assis; o outro deve sua popularidade ao fato de trazer
para o romance justamente o cenário e personagens familiares ao meio fluminense
da segunda metade do século XIX.
Trata-se, respectivamente, de
a.
José de Alencar e Joaquim Manuel Antônio de
Almeida;
b.
Joaquim Manuel de Macedo e Manuel Antônio de
Almeida;
c.
Manuel Antônio de Almeida e Bernardo Guimarães;
d.
Bernardo Guimarães e Visconde de Taunay;
e.
Visconde de Taunay e José de Alencar.
36. (FUVEST)
"O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia
aí uma predestinação de uma raça?"
Eis aí uma reflexão sob a forma de pergunta que o autor,
......, faz a si mesmo com toda propriedade, e por motivos que podemos
interpretar como pessoais, ao finalizar o romance ........ .
Assinale a alternativa que completa os espaços.
a.
José Lins do Rego - Menino do Engenho;
b.
José de Alencar - Iracema;
c.
Graciliano Ramos - São Bernardo;
d.
Aluísio Azevedo - O Mulato;
e.
Graciliano Ramos - Vidas Secas.
(FUVEST) Texto
para as questões 37 e 38:
"Sua ambição literária era, contudo, imensa e pode ser
aferida, não só por sua produção romanesca, como pelo projeto gigantesco que
delineara de maneira bem significativa, na sua indiscutidíssima introdução ao
romance Sonhos d'Ouro. Está fora de
dúvida que (o romancista) considerava sua obra como fator primacial da criação
realmente orgânica de nossa literatura". (Eugênio Gomes).
37. (FUVEST) O
romancista a que se refere o crítico é:
a.
João Guimarães Rosa;
b.
Joaquim M. de Macedo;
c.
Bernardo Guimarães;
d.
José de Alencar;
e.
Manuel Antônio de Almeida.
38. (FUVEST)
Assinale a opção em que vêm citadas obras do romancista, objeto da questão
antecedente.
a.
Cortiço e Casa de Pensão;
b.
Fogo Morto e Banguê;
c.
A Moreninha e O Moço Louro;
d.
Grande Sertão: Veredas e Saragana;
e.
Senhora e O Guarani
39. (FUVEST) Lucíola e Senhora; O Gaúcho, Sertanejo;
e o Guarani e As Minas de Prata representam na obra de Alencar, de acordo com os
seus conteúdos e seus cenários, romances de tipos, respectivamente:
a.
urbanos, regionalistas e pré-históricos;
b.
documentais, sociais e histórico-indianistas;
c.
europeus, nacionais e indianistas;
d.
psicológicos, documentais e folclóricos;
e.
realistas, impressionistas e românticos.
40. (PUC) Nos
romances Senhora e Lucíola, José de Alencar dá um passo em
relação à crítica dos valores da sociedade burguesa, na medida em que coloca
como protagonistas personagens que se deixam corromper por dinheiro.
Entretanto, essa crítica se dilui e ele se reafirma como escritor romântico,
nessas obras, porque
a.
pune os protagonistas no final, levando-os a um
casamento infeliz;
b.
justifica o conflito dos protagonistas com a
sociedade pela diferença de raça: uns, índios idealizados; outros, brasileiros
com maneiras européias;
c.
confirma os valores burgueses, condenando os
protagonistas à morte;
d.
resolve a contradição entre o dinheiro e valores
morais tornando os protagonistas ricos e poderosos;
e.
permite aos protagonistas recuperarem sua
dignidade pela força do amor.
Gabarito
Gabarito
- b
- c
- e
- c
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- a
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- d
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